30 de jul. de 2014

Quem dera...

E quem sabe hoje não seria um dia que eu fizesse um bolo e colocaria velas com o número 46 em cima. Ou uma torta de frango. Ou simplesmente mandaria uma mensagem pelo telefone. Ou chamaria para almoçar comigo na minha nova casa. Quem sabe ele não estaria aqui conversando com o seu genro, falando sobre carros ou moto. Quem sabe hoje ele viria. Quem sabe hoje eu o abraçaria, beijaria e o desejaria feliz aniversário. É tanta saudade que não da pra explicar, engasga, faz chorar.
Ainda não me acostumei, ainda não me conformei. Ainda lembro do cheiro, do abraço, do jeito como falava, do jeito como pegava na minha mão. Ainda sorrio quando lembro dos apelidos que me dava, quando me chamava pra dormir de madrugada ou quando deitava na minha cama, quando me chamava de cheirosa, e quando brigava pra eu andar de mãos dadas. Lembro quando chegava tarde e pedia pra eu fazer mingau de chocolate, ou quando ia trabalhar, poderia ter um banquete na mesa, sempre pedia pra eu fazer ovos mexidos. E sempre dizia pra mim: eu não vou te deixar, se eu te deixar você morre. Quem dera ele tivesse cumprido essa promessa...
" Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá." Êxodo 20.12

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