29 de mai. de 2016

Deixando a cidade grande...

Deixando a cidade do remorso

Ainda que eu não tivesse fazer essa viagem esse ano, me peguei fazendo as malas apressadamente. Essa viagem seria uma viagem desagradável, e eu sabia antecipadamente que nenhum bem viria dela. Eu estou falando da minha viagem anual da Culpa.
Eu comprei os bilhetes de avião na Companhia Aérea “Eu gostaria de ter feito“. Eu escolhi carregar as minhas próprias bagagens. Elas pesavam tanto, afinal eu carregava milhares de memórias das quais eu não conseguia me livrar. Ninguém me saudou quando cheguei ao terminal do Aeroporto internacional da cidade do Remorso. Eu o chamo de aeroporto internacional, porque pessoas de todo o mundo chegam nessa pequena cidade.

Assim que eu cheguei ao hotel, eu notei que eles estavam promovendo um importante evento anual, a festa anual do “Ai que pena“. Eu decidi que eu não podia perder essa tão importante ocasião por nada nesse mundo. Aliás, muitos dos líderes mundiais estavam lá.
A primeira família a se apresentar foi a família chamada “feito“. Você sabe, não é? Os membros dessa família são “eu deveria ter feito“, “eu gostaria de ter feito“, “se eu pudesse ter feito“.
Depois, o programa apresentou a família “tivesse“. Alguns dos membros mais importantes dessa família eram “se eu tivesse tido“, “se eu não tivesse feito“. Em seguida, deram o seu depoimento os membros da família “oportunidades perdidas“.
A maior de todas as famílias ali representadas foi a família do “Ontem“. Havia tanta gente nessa família, que foi impossível de contá-los. Mas, a verdade é que todos eles tinham uma história triste de ontem.
A família dos “sonhos perdidos” também falou. E, certamente os membros mais importantes, “a culpa não foi minha“, e “não me culpe porque não pude fazer nada” foram os mais eloquentes.
Cada história que era contada, as famílias aplaudiam efusivamente. Bom, para encurtar a história, eu fui para a festa “Ai que pena“, sabendo que eu sairia de lá muito deprimido.
Foi, então, que me ocorreu que eu só estava lá porque quis. eu não tinha que ficar deprimido. Eu não tinha que estar lá. Pensei, também, que eu não podia fazer nada com meus erros passados, mas quanto ao presente, eu tinha o poder de tornar o meu dia um dia maravilhoso! Eu descobri que podia escolher ser feliz, pleno, encorajado, e encorajar aos outros.
Decidi, então, que eu ia embora da cidade do Remorso sem deixar o meu endereço com nenhuma daquelas pessoas. Eu me arrependo dos meus erros passados? Claro, mas não há nada que eu possa fazer sobre isso.
Então, se você está planejando deixar a cidade do remorso, por favor, CANCELE AS SUAS RESERVAS AGORA, e remarque a sua viagem para a cidade chamada “Começar de Novo“. Eu fiz isso. E, gostei tanto da cidade, que decidi fazer de lá minha morada permanente. Meus vizinhos, “Eu me perdoo“, e “Novos começos” são maravilhosos. Eles têm me ajudado bastante. Ah! Outro detalhe importante: você não tem que carregar uma bagagem pesada, porque o peso é tirado dos seus ombros tão logo você chegue lá.
Que Deus te abençoe para que você encontre essa cidade. Se você quer encontrá-la… Ela está dentro do seu coração. Por favor, quando lá chegar não se esqueça de me procurar. Meu endereço é na rua “Tudo posso naquele que me fortalece“.
Texto original: Leaving the city of Regret, de Larry Harp

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