31 de dez. de 2015

Em defesa do cavalheirismo perdido



Cavalheiros são raros, mas existem. E depende de você que continuem fazendo a diferença.

Ainda existem homens que abrem a porta do carro para a mulher. Que antes de entrar no elevador esperam que as pessoas saiam. Puxam a cadeira para uma mulher se sentar à mesa. Dão aquele apoio muito importante quando a companheira está chegando “àqueles dias”. Fazem algo para a esposa, namorada ou noiva só para ver a moça feliz e não porque querem algo em troca. E a leva a um jantar especial pelo mesmo motivo. Lembram-se de datas (ih, caso sério isso). Não acham que o futebol é algo sagrado. Não gostam mais do carro do que dela. Oferecem o próprio casaco a ela quando o tempo esfria um pouco mais. Andam do lado de fora da calçada quando acompanhados dela – o que significa proteção, caso o leitor ainda não saiba. Não deixam que ela carregue peso ou se esforce muito à toa. Cedem o lugar no ônibus ou pelo menos pegam os pertences de alguém para segurar. Param o carro para dar passagem aos que esperam para atravessar na faixa de pedestres (com fé, um dia os brasileiros aprenderão a fazer isso).

Enfim, eu poderia enumerar aqui milhares de outras atitudes que fazem mesmo a diferença. E nunca um sujeito que as toma se tornou menos homem por causa disso, para quem ainda pensa que agir assim é frescura.

Não é que as mulheres precisem que façamos essas coisas para elas. Algumas nem esperam isso de um homem nos dias atuais. Também não contam que um homem dê preferência a ela no trânsito, no elevador ou em qualquer outra passagem, sem qualquer interesse que não o de ser cavalheiro. Não pedem para ninguém ajudar a carregar as compras no supermercado ou no shopping, já vão pegando. Mas muitas, felizmente, sabem apreciar um ato de cavalheirismo. Mesmo sendo fortes, sentem-se cuidadas. É, isso dá a elas uma sensação de segurança providenciada pelo parceiro, algo que com o tempo foi se perdendo.

Ah, se o cavalheirismo é bom, também curtimos quando uma mulher é uma dama. Não no sentido passivo ou protocolar da palavra. Também curtimos se estivermos com muitos pacotes de compras e uma moça abrir a porta para nós, por exemplo. Questão de educação, independentemente do sexo.

Isso faz pensar em outra questão. Quando falamos em cavalheirismo, logo vem à mente, automaticamente, a ideia de um homem sendo educado com uma mulher. Quem foi que disse que não podemos ser cavalheiros com os outros homens também? Ter boas maneiras não significa ser afetado ou superior. É, antes de tudo, uma forma de demonstrar respeito com a pessoa com quem lidamos. E isso se aplica a todo mundo: mulher, homem, criança, idoso, seu superior no trabalho, seus subordinados, colegas, amigos, familiares... E até estranhos!

Resumindo: ser cavalheiro é o homem ser bem educado, o que o distingue de muitos outros – infelizmente, a realidade é que educação é algo raro atualmente. É só sair de casa e já toparmos com grosserias na rua, no trânsito, no ônibus, no metrô, na empresa, na escola... Você quer ser mais um dos trogloditas? Olha lá, já existem muitos. Chega, não é? Se você se mostra educado, as outras pessoas já percebem que está acima da média.

Em tempo, algo muito importante: ninguém precisa ser meloso para ser um cavalheiro.


MAIS CAVALHEIROS, POR FAVOR

Há outras pequenas atitudes no dia a dia que são marcas registradas de um cavalheiro, além das que já citamos. E não são nada difíceis de adotar. Com o tempo, serão tão naturais que serão feitas quase por reflexo – mas serão notadas, pode crer.


LIDERANDO HOMENS


Comandar um time de futebol americano não é fácil. Some a isso as tensões raciais na conturbada década de 1970, o fato de o novo treinador de uma equipe do interior dos Estados Unidos ser negro e ter que conquistar o respeito dos jogadores, da comunidade e levá-los à vitória. Baseado numa história real, o filme Duelo de Titãs, de 2000, tem Denzel Washington no papel principal.

Fonte 

Nenhum comentário:

Postar um comentário